Foi na pequena Sales de Oliveira, cidade do interior paulista, que Carlos Vogt, poeta, linguista e presidente da UNIVESP, buscou suas primeiras inspirações para navegar no universo da literatura. Nasceu naquela cidade em 1943, mudou-se para Ribeirão Preto onde estudou até o então chamado segundo colegial. Finalizou o colégio em São Paulo onde abre as portas para o mundo das letras, quando ingressa na Universidade de São Paulo (USP).
Engajado nas questões políticas do seu tempo, o aluno do literato e professor-emérito da USP, Antônio Candido, e do professor francês Aubert Audubert, que nas décadas de 1960 e 1970 exerceu forte influência no ensino de língua e literatura francesa no Brasil, é, então, indicado para integrar o nascente Departamento de Linguística da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para tanto, partiu a Besançon, França, onde aprimorou seus estudos na pós-graduação.
Para além da linguística e da poesia, Vogt teve importante papel como gestor da universidade: foi vice-reitor e coordenador geral da Unicamp entre 1986 e 1990, e reitor entre os anos de 1990 e 1994. Fundou, em 1995, juntamente com os jornalistas Alberto Dines e José Marques de Melo, o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor/Unicamp). Nos anos 2000, ocupou a vice-presidência da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a presidência da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Posteriormente foi secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo e, atualmente, é presidente da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP).
A trajetória de Carlos Vogt, autor de Cantografia, Ilhas Brasil e A solidez do sonho, é o tema dessa edição do Memória Científica, programa da RTV-Unicamp, produzido pelo sociólogo Marcelo Rocco. A curadoria é do professor José Alves de Freitas Neto, docente do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Confira: