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Estudantes de Engenharia de Computação desenvolvem app para descarte de lixo eletrônico 

Estudantes de Engenharia de Computação desenvolvem app para descarte de lixo eletrônico 

De acordo com relatório divulgado pela Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico e pela Plataforma para Aceleração da Economia Circular, até 2050, o mundo produzirá cerca de 120 milhões de lixo eletrônico. Na América Latina, o Brasil lidera o ranking como produtor desse material e na escala mundial, fica em sétimo lugar, atrás da China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido, com a geração de 1,5 milhão de tonelada por ano. 

Para minimizar esse cenário e conscientizar a população sobre o impacto social e ambiental do tema, os alunos de Engenharia de Computação, do polo de Garça, Alex Alves, Antonio Carlos Junior, Ariel de Seta, Carlos Alberto Martenelli, Edmar Nascimento de Jesus e Eduardo Costa, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) apresentaram, no primeiro semestre, o Projeto Integrador (PI) “Proposta de aplicativo para conscientização do descarte correto do lixo eletrônico nos espaços públicos”. A iniciativa conta com a mediação de Beatriz Pinheiro e coordenação de Alex Junior Drachi.

O aplicativo Recycling gerencia o lixo eletrônico, identifica os locais de coleta mais próximos ou agenda a retirada dos equipamentos na própria residência dos munícipes, por recicladores locais. Para o grupo, o trabalho é essencial diante do alto consumo e avanço das novas tecnologias que são lançadas. Ao mesmo tempo que a população ganha praticidade e agilidade na informação, pode perder com desgaste ambiental e social. “O lixo eletrônico possui diversos contaminantes nocivos ao meio ambiente e à saúde. Em um único aparelho celular são encontrados mais de quinze tipos de metais diferentes e alguns deles são altamente tóxicos, como arsênio, níquel, cromo, cobalto, chumbo, cádmio e mercúrio”, alertou o grupo no relatório final do PI. No documento, a equipe cita os danos que o descarte correto de lixo eletrônico pode causar ao solo e água.

No desenvolvimento do projeto, os estudantes realizaram uma pesquisa sobre o descarte de eletrônicos com os moradores de Garça, por meio de grupos do Facebook, Whatsapp e Telegram. Do total, cerca de 30% desprezam os aparelhos no lixo comum, 30% deixam guardados em casa, mais de 24% não sabem informar o que fazem com os resíduos eletrônicos e 12% os entregam no comércio onde compraram.

Os entrevistados têm conhecimento sobre o que é lixo eletrônico, mas somente 15% sabem dos males causados pelo descarte incorreto desse tipo de resíduo. “É necessário conscientizar os cidadãos para poder cobrar a responsabilidade de cada um na sociedade”, afirmou o grupo.

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